Dia 6 de fevereiro é o Dia Internacional da Tolerância Zero à Mutilação Genital Feminina. A data foi aprovada por unanimidade na Assembleia Geral das Nações Unidas como um marco, com a finalidade de erradicar a MGF até 2030.
Todos os anos, mais de 4 milhões de meninas estão em risco de serem submetidas a essa forma de violência extrema. A prática da MGF é fruto de costumes culturais e se baseia na retirada total ou parcial dos órgãos genitais femininos. A anulação do prazer ė uma forma de controle e submissão e, com o corte realizado, a menina é considerada pronta para casar.
A circuncisão é feita com uma lâmina que, muitas vezes, não tem os cuidados de assepsia ou esterilização. O procedimento geralmente é feito sem anestesia ou qualquer forma de acompanhamento médico. Essa prática põe em risco a saúde das meninas e, em muitos casos, leva à morte. Além do aspecto físico, a MGF causa danos emocionais a essas mulheres, tanto pela violência sofrida quanto pela privação do seu prazer.
Cerca de 200 milhões de mulheres ainda são mutiladas hoje no mundo. Apesar das campanhas internacionais, segue sendo praticada em mais de 90 países.
A SBRASH apoia as várias iniciativas de conscientização e desenvolvidas por organizações em todo o mundo sobre a violência desta prática que submete as meninas, tirando-lhes qualquer possibilidade de escolha sobre suas vidas.